se jogaa

Dizem que me apego demais. Que eu amo demais, que acredito demais. E depois a dor é maior, o buraco é mais profundo e as lágrimas não são suficientes. Mas se for pra viver de metades, do que vale a vida? Eu sempre vou querer tudo, sempre quis. Mesmo com medo, mesmo sabendo que vou ter um final amargo, doloroso. Não me importo, pois sei que vivi. Sei que dei o melhor (e o pior) de mim e que consegui me mostrar, consegui ser o que sou e o que não quero ser.

A graça é essa. Viver, sofrer, se entregar. Se não, minha vida não teria muito sentido, se não, continuar respirando seria um mero sinal, uma das funções do meu corpo. Respira, inspira. Devagar. Depois grite, chore, sorria. E ame. A vida não tem sentido, mas eu crio o meu. Eu preciso de uma razão, preciso de alguém. E esses “alguéns” sempre passam por mim e se vão. Pra sempre, quem sabe. Tive uns poucos, os melhores. Ainda tenho alguns, ainda amo os que se foram. Mas é necessário perder e viver. Eu perco, eu vivo. E eu escrevo numa tentativa frustrada de me esvaziar um pouco, de tirar o ruim e o bom daqui de dentro. Na medida certa. 

Sofrer demais e sorrir demais não é pra mim. Deixo isso pra outros.

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