Cordas soltas

Ela se prende nas cordas soltas. Esperando que alguém venha salvá-la. Mas por quê? Ela não consegue ver como a vida foi injusta. E se ela morresse ali não ia ser lembrada. Seu choque foi tamanho. Eu não vou ser lembrada, pensou. Tentou sair das malditas cordas, mas foi em vão. Uma se prendia ao redor do seu pescoço, quanto mais se debatia mais apertava. A injustiça de seus pensamentos lançavam lágrimas em seu rosto mágico, com uma íncrivel beleza. Por quê?. Será que vão me odiar pelas escolhas que eu fiz?, se perguntou. Ela não sabia responder. Tentou novamente sair das cordas que a envolviam. Prometeu a si mesma que melhoraria. Que amaria e retribuiria. Cansou de lutar, faltava-lhe ar. Parou. Chorou. E as lágrimas se desfizeram em seu corpo. Será que vou sair daqui algum dia?, já se desesperava.Até que ela ver alguém correr na sua direção, alguém desconhecido. Retirou-a de lá e ela agradeceu, já agia como antes, então lembrou da sua promessa. Tratou de conhecer aquele a quem a salvara. E um sorriso brotou em seu rosto martirizado pelas lágrimas, ele sorriu em retribuição. Ela soube que algo mudara dentro dela, nunca soubera o que era compaixão e aquele desconhecido mostrou a ela. Agora poderei ser lembrada, pensou...

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